Este texto foi extraído do blog da Banda Sal da Terra. Fui testemunha da emoção vivida e expressada pelo Pr. Neto, pois estava presente na inauguração da igreja em São José do Belmonte."Rancharia é um povoado bem pequeno, de gente simpática e receptiva, fronteiriço com o estado do Piauí, no finalzinho de Pernambuco.
Uma parte do grupo saiu numa terça-feira, de Kombi, com uma médica e uma dentista da Igreja Presbiteriana de Alphaville - SP (pense num povo corrajoso!!!???), estavam naquele momento outros irmãos, evangelistas pernambucanos. Só neste trajeto foram quase oitocentos quilometros!
Eu saí no sábado seguinte, bem de madrugada, com a Banda Sal da Terra, e outro grupo de irmãos que desenvolveriam tarefas específicas. Nossa intenção era a de chegarmos lá a tempo de realizar uma programação a tarde com as crianças e a noite, um culto na única praça ali existente.
E assim ocorreu. E que bênção! Naquela noite, mais de trinta pessoas confessaram Jesus como salvador. Os nossos amigos e missionários lá em Rancharia, Jailton, Norma e Antônio, eram só alegria. Célia, a médica do grupo, de quarta até o sábado, atendeu quase 200 pessoas!!! Os números eram gratificantes e nos fizeram ver que valeu a pena está ali.
No dia seguinte, domingo cedinho, às três da madrugada, já estávamos de volta a estrada. O novo desafio era cortar mais 340 Km de sertão e chegar à São José do Belmonte - PE, onde nos juntaríamos a Laércio Lins, que foi de Recife até ali em sua possante e valente BMV (belina muito velha) E pasmem: ele chegou!!! E nos uniríamos, também, aos irmãos da
Primeira Igreja Presbiteriana do Recife, que apoiaram a aquisição do terreno e a construção do templo.
A Programação em Belmonte seria a inauguração do templo presbiteriano. Uma festa.
E assim ocorreu. E que bênção! A festa foi recheada de muita emoção. No final, Pr. Neto (que pastorea o local) não aguentou e desabou num choro emocionado. Lembrando da bondade de Deus, dos amigos, das lutas vencidas e dos desafios superados.
Naquele momento, lembrei dos irmãos de Vitória do Espírito Santo e, em especial, das lágrimas de André Vicente, no final da inauguração da igreja Presbiteriana de Venturosa - PE, quatro meses antes. A mesma cena se repetiu. Até porque a Palavra de Deus não muda. Em Belmonte eu vi, mais uma vez, um daqueles que saem andando e chorando, trazendo os seus feixes, colhendo os seus molhos para a glória de Deus.
Através de lágrimas e suor que temos visto em nossas caminhadas, Deus tem nos mostrado, claramente, que vale a pena andar com Ele. Pois, o choro e o suor do cristão, no tempo certo, resultará em alegria. A lágrima e o suor de quem sai semeando é transformada em lágrima de gozo."